As queimadas na Amazônia não são algo inédito, porém o índice ser 196% maior em comparação ao último ano é sim um ponto de grande preocupação. Na região, o desmatamento seguido por incêndios controlados é comum para deixar a terra adequada para o pasto e o plantio de soja, mas qual a consequência para a floresta quando isso foge do controle?
É exatamente isso que tem acontecido na região amazônica, as queimadas ilegais estão devastando a floresta como nunca antes visto e seus impactos serão sentidos por muito tempo. Neste artigo um pouco diferente do Sítio da Mata, vamos abordar quais são as consequências desses incêndios criminosos para o bioma da região e quais são as melhores plantas para reflorestamento podem ajudar a recuperar esse e outros lugares nas mesmas condições.
Assim como as secas têm sido mais frequentes na região amazônica nos últimos 20 anos, o desmatamento tem sido ainda maior. O uso das queimadas para criação de pastos é uma prática comum, entretanto, as chamas frequentemente fogem do controle e acabam queimando locais que não deveriam, principalmente no período de estiagem, como é o caso dos incêndios deste ano.
Segundo dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), de 1º de janeiro a 14 de agosto, 43.573 focos foram registrados no bioma amazônico e mais de 131.327 no país, sendo o desmatamento ilegal o maior culpado.
Os impactos das queimadas na Amazônia começam com a fumaça que dá origem a uma série de problemas respiratórios para os moradores próximos, gerando ainda mais gastos com a saúde pública e prejuízo financeiro devido a ausência de funcionários. Além do empobrecimento do solo, que uma vez sem nutrientes e umidade necessária pode contribuir para aumentar ainda mais as áreas desmatadas.
Naturalmente o solo amazônico é pobre e uma vez retirada a sua cobertura vegetal ele não tem mais capacidade de se regenerar, tornando possível o agricultor plantar outra safra e uma vez que se introduza o gado e em seguida a soja, o solo perde ainda mais seus nutrientes e como consequência os produtores podem utilizar agrotóxicos nas plantações ou aumentar a área de desmatamento para manter a produção.
Além disso, as árvores têm um papel fundamental na regulação do clima global, sendo que elas absorvem uma grande quantidade de CO2, uma vez que são destruídas, todo CO2 armazenado é lançado de volta para a atmosfera e contribui ainda mais para o aquecimento global.
Esses são apenas alguns dos problemas que as queimadas na Amazônia podem provocar. A seguir veremos algumas espécies de plantas para reflorestamento que podem ajudar a devolver vida para esses locais.
Segundo o pesquisador do Imaflora, Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola, Roberto Palmieri, pode demorar décadas para que a Amazônia se recupere e volte a ser como era e não só a região amazônica, como também qualquer área devastada por incêndios. Por esse motivo, o cultivo de plantas para reflorestamento é essencial para acelerar esse processo.
Um grupo de plantas para reflorestamento pode ser dividido em 3: espécies pioneiras, intermediária e climaxes. As espécies pioneiras são aquelas com grande capacidade de resistir a locais degradados, enquanto as espécies intermediárias necessitam de um ambiente parcialmente recuperado e as climaxes são aquelas plantadas em ambientes sadios.
A seguir mostraremos uma lista de espécies de arvores pioneiras, para ajudar no primeiro e mais delicado estágio do reflorestamento:
Frutíferas – Goiaba, Araçá, Murici, Papagaio, Pombeira, Cajá, Pitanga, Gabiroba;
Com flores – Ipês, Quaresmeira, Mulungu, Canafístulas, Faveiro;
Grande porte – Jequitibá, Sapucaia, Peroba do Campo, Inuíba, Copaíba, Garapa.
No site do Sítio da Mata você encontra essas e outras espécies de plantas para reflorestamento, que possuem um crescimento rápido e podem devolver ao solo os nutrientes necessários para que se recupere em um tempo menor, recuperando a vida e as características naturais dos locais devastados pelos incêndios.Entre em contato para mais informações.